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quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Uruguaios tentam entender alta taxa de suicídios no país


Suicida | Crédito da foto: SPL
Jovens e idosos estão entre os principais grupos de risco no suicídio.
No Uruguai, há um assunto em voga que intriga os estudiosos e preocupa as autoridades. Por que, em um país de relativa prosperidade, existem mais casos de suicídio do que em outras nações da América Latina?
A questão ganhou força depois que o governo uruguaio divulgou, recentemente, dados que mostram que o país tem uma taxa de 16,6 suicídios por 100 mil habitantes.
"Esse número coloca o Uruguai em primeiro lugar na taxa de suicídios, ao lado de Cuba, entre os países latino-americanos", explicou Hebert Tenenbaum, psicólogo e diretor do programa de saúde mental do Ministério de Saúde Pública do Uruguai.
"Trata-se de um problema muito grave", afirmou.
Tenenbaum disse que as autoridades estão tentando resolver o problema de diversas formas. No entanto, as motivações ainda são desconhecidas.

Grupos de risco

O assunto é uma questão dolorosa para o país de apenas 3,3 milhões de habitantes que geralmente figura no topo dos índices de desenvolvimento humano da América Latina, compilados pelas Nações Unidas.
Segundo um ranking divulgado neste ano pelo Legatum Institute, uma organização independente com sede em Londres, o país foi classificado como o mais próspero da região,.
Apesar disso e do boom econômico vivido nos últimos anos – com altas taxas de crescimento e baixo desemprego -, foram registrados 537 suicídios apenas em 2011, uma amostra de o que fenômeno permanece entranhado na sociedade uruguaia.
De acordo com dados oficiais, pessoas acima de 65 anos e adolescentes são o principal grupo de risco.
O número de homens que cometem suicídio é maior do que o de mulheres. A maior incidência também ocorre em cidades do interior do país.
O relatório revela ainda que o enforcamento é o método mais usado.
Tenenbaum explica que os suicídios acontecem com mais frequência em regiões rurais e menos urbanizadas.

Possíveis explicações

"Certamente há uma ligação entre a depressão não tratada e o suicídio"
Hebert Tenenbaum, psicólogo
De acordo com o especialista, a ideia de depressão, isolamento e solidão está totalmente ligada às razões para o suicídio.
"Certamente há uma ligação entre a depressão não tratada e o suicídio", disse o psicólogo.
Apesar de a população acima de 65 anos ter crescido 14%, de acordo com o último censo uruguaio, não há apoio familiar e social para estas pessoas. Segundo especialistas, esse seria um dos motivos que explicariam por que os idosos pertenceriam ao grupo de risco.
Em 1990, o psiquiatra Federico Dajas diagnosticou o problema no país e passou a estudá-lo ostensivamente.
"Cientificamente, nunca conseguimos chegar a uma explicação concreta para este fenômeno", disse o médico.
Os estudos incluíram aspectos epidemiológicos, sociais, bioquímicos e psicológicos. Foi criada, inclusive, uma unidade de internação para o suicida em potencial, para que o assunto pudesse ser analisado in loco.
"Eu gostaria de ter encontrado uma resposta", disse Dajas, pesquisador-chefe do Instituto de Pesquisas Biológicas Clemente Estable.
De acordo com Dajas, a taxa de suicídios no Uruguai era estável durante o século 20, mas sempre foi maior do que em outros países da América Latina.
Para os especialistas, existem fatores específicos que podem agravar o problema em determinado momento. Durante a crise econômica de 2002, o número de casos aumentou para 20 suicídios por 100 mil habitantes.
Dajas especula que a situação esteja ligada ao fato de o Uruguai ser um "país transplantado", com uma grande parcela da população sendo descendente de imigrantes europeus. Segundo ele, isso poderia trazer "influências genéticas".
De acordo com o Eurostat, a taxa de suicídios no Uruguai é menor do que em países como a Finlândia e Eslovênia, mas maior do que Espanha e Itália, nações que contribuíram com a imigração para o Uruguai.

"Perfil suicida"

"Concluímos que é uma delicada e complexa soma de fatores sociais, familiares e pessoais", explicou Dajas.
O psiquiatra destacou a importância da criação de políticas abrangentes de prevenção, como o trabalho de colaboração com grupos de risco – jovens e idosos.
Para o psicólogo Claudio Danza, o suicídio entre jovens pode estar ligado à falta de perspectivas, de ideais e de projetos.
Suicídios são a segunda causa de morte entre os jovens, ficando atrás de acidentes de trânsito. No entanto, para estudiosos no assunto, as duas causas têm pontos em comum.
"Se um jovem dirige um carro potente a 160km/h, em uma avenida ou estrada, ele tem um comportamento suicida. São perfis muito semelhantes", afirmou Danza.

Suicídio abre debate sobre cyberbullying no Canadá


Memorial para Amanda Todd (Foto AP)
Canadenses se reínem em homenagem a Amanda Todd em Maple Ridge
A história trágica de uma adolescente canadense que se suicidou após ser vítima de uma campanha de perseguição e intimidações pela internet está causando comoção nacional e internacional - e já motivou o Parlamento do Canadá a abrir um debate sobre como lidar com o problema, conhecido como cyberbullying.
Amanda Todd, de 15 anos, teria começado a ser vítima de bullying aos 12 anos, segundo seu relato, depois de ter sido convencida a mostrar os seios para uma pessoa com quem conversava na Internet.
Uma página do Facebook foi criada para expor a foto da menina de topless e a imagem foi distribuída para seus colegas de escola. Amanda mudou de casa e de escola, mas o assédio continuou pela internet, o que a teria levado a se enforcar na semana passada.

Vídeo no YouTube

No dia 7 de setembro, a adolescente publicou no YouTube um vídeo no qual relata o bullying e a depressão resultante da perseguição dos colegas.
Na gravação de nove minutos, que já foi vista por milhões de pessoas, o rosto de Amanda não aparece. A adolescente também não fala, mas conta sua história com uma sequência de mensagens escritas em pequenos cartazes, identificando-se no fim do vídeo.
Ela diz que, por causa do bullying, mergulhou em uma depressão e começou a ter medo de sair de casa, buscando conforto em drogas, álcool e antidepressivos.
Também conta que bebeu água sanitária em uma tentativa anterior de suicídio após apanhar de uma menina na escola. Nem depois disso, no entanto, teria tido o apoio de colegas.
Pelo contrário, segundo ela relata em seu vídeo, na ocasião, teria recebido mensagens pela internet de ódio incentivando seu suicídio.
"Todo dia penso por que ainda estou aqui'", a menina escreveu. "Não tenho ninguém. Preciso de alguém."
O vídeo termina com uma imagem dos braços de Amanda repletos de cortes.
No fim do vídeo, ela também explica que não fez a gravação porque queria atenção, mas para ser uma "inspiração" para outros adolescentes.

Comoção

Vídeo de Amanda Todd
Vídeo de Amanda Todd: 'Não tenho ninguém. Preciso de alguém'
Amanda vivia em Port Coquitlam, em British Columbia, mas a notícia de sua morte causou comoção em todo o Canadá e também em outros países - principalmente nos Estados Unidos.
Os parentes da menina criaram uma página do Facebook em homenagem a ela que já foi "curtida" por mais de 800 mil pessoas. Sua família recebeu centenas de mensagens de apoio - embora mensagens ofensivas também tenham aparecido na internet.
Manifestações e vigílias estão sendo organizadas no Canadá e em algumas cidades dos EUA para lembrar o drama de Amanda e pedir políticas contra o bullying mais firmes.
No Parlamento canadense, deputados pretendem aprovar uma moção que abra espaço para uma estratégia nacional para impedir o bullying.
Segundo a emissora CTV, o projeto, proposto pelo deputado Dany Morin, criaria um comitê multipartidário para avaliar o problema. Mas o pai de Amanda disse à emissora que o país precisa de "mais ação" e não de mais estudos sobre cyberbullying.
Alguns especialistas defendem a criminalização do bullying pela internet no Canadá e mais empenho em identificar os responsáveis por esse tipo de assédio.

Investigações

A polícia canadense continua a investigar as circunstâncias que levaram ao suicídio de Amanda e diz ter recebido "mais de 400 pistas" de pessoas querendo contribuir com as investigações.
De 20 a 25 policiais foram destacados para o caso em uma tentativa de mostrar que ele realmente está sendo levado a sério.
O objetivo da investigação seria identificar aqueles que tiveram algum contato com Amanda "antes de ela tomar sua trágica decisão", nas palavras do porta-voz da polícia local, o sargento Peter Thiessen.

Por que os japoneses cometem tantos suicídios?

Teoria do haraquiri: no Japão, houve uma época em que o suicídio era glorificado

Kanto , Tokyo , Tokyo - Silvia Kikuchi/IPCJAPAN

Segundo a Organização Mundial de Saúde, um milhão de pessoas se suicidam todos os anos. Dentre os países desenvolvidos, o Japão é o que apresenta a maior taxa. Na era Showa (1926~1989) chegou a ocupar o primeiro lugar nesse ranking e mais tarde ficou conhecido como "Reino dos Suicídios" (Jisatsu Ookoku).

Na maioria dos países do ocidente, onde predomina o cristianismo, o suicídio é considerado um ato negativo e contra os ensinamentos religiosos.

O Japão, por outro lado, viveu um período em sua história em que o suicídio era até glorificado, como em casos de haraquiri (cortar o ventre a faca ou a sabre) ou os camicases (do japonês "vento divino", se refere aos pilotos treinados para desferir ataques suicidas contra alvos inimigos). A dedicação e a fidelidade ao Imperador podem não ter o mesmo sentido hoje, mas devido a esse passado, o suicídio não desperta um sentimento de culpa tão forte como entre os ocidentais.

Em números... (2003)
População japonesa127.619.000
Suicídios32.109
População de estrangeiros no Japão1.915.030
Suicídios2.318
Total de suicídios34.427



SOS dos suicidas

Comentam que querem morrer
- Praticam atitudes prejudiciais para si mesmos
- Se preparam para uma despedida
- Cometem atos perigosos
- Exageram no consumo do álcool ou outras drogas
- Alteram repentinamente o comportamento
 Muitas pessoas acreditam que o suicídio é um ato repentino. Na verdade não é bem assim. As investigações mostram que os familiares haviam notado pequenas mudanças de comportamento antes das pessoas se suicidarem.
O processo: estresse - estado depressivo - vontade de morrer
 A depressão é um "transtorno emocional" que pode atingir qualquer pessoa, mas tem cura. Uma pessoa nesse estado tende a se fechar cada vez mais para o contato social. Quando os amigos ou familiares perceberem esses sinais, devem procurar ajuda profissional.

Perfil dos suicidas japoneses
- Têm entre 25 e 29 anos de idade
- Preferem as segundas-feiras
- Os homens, das 5h às 6h e as mulheres, das 12h às 13h
- Os meses preferidos em 2003 foram abril e maio
- Os homens são geralmente divorciados, e as mulheres, casadas
- Os enforcamentos lideram o ranking, mas os jovens dão preferência para inalação de gás ou lançar-se de lugares altos
- A província com maior número de suicídios é Akita

Ranking mundial
Países com as maiores taxas de suicídio*
Rússia70,6
Hungria51,5
Japão36,5
Países com as menores taxas de suicídio*
Itália11,1
Inglaterra11,8
Estados Unidos17,6
**Para cada 100 mil habitantes

Fonte:http://www.ipcdigital.com/br

terça-feira, 13 de novembro de 2012




ESTE VÍDEO FOI CRIADO COM O OBJETIVO DE AJUDAR AS PESSOAS ENTENDEREM A RESPEITO DO COMPORTAMENTO SUICIDA E OS MITOS E REALIDADES SOBRE ESTE ATO QUE CAUSA IMPACTO, MEDO, VERGONHA, ESTIGMA, PRECONCEITOS ETC. HÁ PREVENÇÃO. HÁ AJUDA. É POSSÍVEL SALVAR MUITAS VIDAS.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CAMINHADA PRAVIDA


http://www.youtube.com/watch?v=KRPjoEqRwek&feature=fvsr


PREVENÇÃO AO SUICÍDIO
http://www.youtube.com/watch?v=gCupzL6aJXo
Autodestruição Humana.http://www.scielo.br/pdf/%0D/csp/v10s1/v10supl1a05.pdf
Tentativas de suicídio em um hospital geral no Rio de Janeiro. http://www.scielosp.org/pdf/csp/v22n10/19.pdf
O suicídio e sua relação com o comportamento impulsivo-agressivo. http://www.scielo.br/pdf/rbp/v21s2/v21s2a06.pdf
ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE O COMPORTAMENTO SUICIDA (PDF)
 Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006. http://www.scielo.br/pdf/rbp/v31s2/v31s2a07.pdf
ARTIGOS CIENTÍFICOS SOBRE O COMPORTAMENTO SUICIDA (PDF) Mortes por suicídio: diferenças de gênero e nível socioeconômico http://www.scielo.br/pdf/rsp/v37n3/15865.pdf
Manual de Prevenção ao Suicídio dirigido para os Profissionais da Saúde Mental http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_editoracao.pdf

Valorização da vida é tema de caminhada no Ceará


Projeto de extensão da UFC promoveu a III Caminhada Pravida 
Movimento quer mostrar que há tratamento para quem vê no suicídio única solução
 
Um assunto velado e cheio de tabus ganhou espaço ao percorrer trecho da avenida Beira Mar, na manhã deste domingo, 9.

O projeto Pravida realizou a terceira edição da caminhada para mostrar que é possível prevenir suicídios por meio da valorização da vida. O Pravida é projeto de extensão dos cursos de Medicina e Psicologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e promove atendimentos de pessoas que tentaram tirar a própria vida.

O objetivo da caminhada, explica o coordenador do Pravida, Fábio Gomes de Matos, é mostrar que é preciso dar valor à vida, aos vínculos sociais, e prevenir os cinco transtornos que, segundo ele, são os maiores causadores de tentativas de suicídio. “Cem por cento dos casos de suicídios se explicam na depressão, no transtorno bipolar, na dependência de substâncias, na esquizofrenia e no transtorno de personalidade limítrofe”, enumera. Por isso, cita o médico, o diagnóstico e o tratamento desses transtornos são essenciais para evitar atitudes extremas.

Além disso, Fábio Gomes de Matos comenta que reduzir o acesso das pessoas aos meios de morte e o tratamento dos grupos de risco são atitudes importantes neste processo de valorização da vida. “A sociedade precisa estar atenta para salvar vidas”, pontua. Por isso, diz, todos devem participar da caminhada, que seguirá do começo da avenida Beira Mar até a Praça dos Estressados, onde haverá estandes de entidades que lidam cotidianamente com as vítimas desses transtornos.

O médico afirma que o Provida elaborou Plano Municipal de Prevenção do Suicídio, a ser entregue aos candidatos à Prefeitura de Fortaleza, para que haja ampliação da rede de assistência e prevenção.

O psiquiatra João Dummar Filho reforça ser necessário desmistificar o suicídio e melhorar o sistema de assistência psiquiátrica. “Prevenir doenças evita suicídios. E o uso de drogas pode levar a um quadro depressivo e a essa atitude. Precisamos reforçar que, se a pessoa tem problemas, deve procurar ajuda”, destaca. (Mariana Lazari-marianalazari@opovo.com.br)

Entenda a notícia

Segundo o Pravida, o índice de suicídios no Nordeste subiu 130% em 10 anos. A caminhada marca o dia mundial de prevenção ao suicídio (10/9).

Serviço
Atendimentos do Projeto Pravida
Onde: Hospital Universitário Walter Cantídio (rua Capitão Francisco, 1.290)
Saiba mais: www.pravida.ufc.br
Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2012/09/08/noticiasjornalfortaleza,2916054/valorizacao-da-vida-e-tema-de-caminhada.shtml

Formação para prevenção ao suicídio: o papel do clínico geral

O artigo abaixo trata de tema da maior importância para os médicos, que naturalmente estão na linha de frente (nas clínicas, urgências e emergências) lidando com pessoas acometidas de doenças mentais - das leves às severas. A depender do diagnóstico e do encaminhamento risco de alguns dos pacientes consultados virem a praticar o suicídio pode ser amenizado ou eliminado...

A questão que se coloca, portanto, é se os médicos brasileiros estão preparados esta tarefa!

O alerta vem de além-mar, mas certamente serve aos nós do lado de cá do Atlântico.

Prevenção do suicídio deverá incidir na formação dos profissionais de saúde

O Programa Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) deverá "insistir muito" na formação dos profissionais de saúde a nível dos cuidados primários, afirmou o responsável pela elaboração do plano.

Álvaro de Carvalho, psiquiatra e presidente da comissão de peritos que está a elaborar o PNPS, reconheceu que "a formação, em termos do diagnóstico dos problemas de saúde mental e da terapêutica adequada, nem sempre é a melhor entre nós".

O responsável referiu dados recentes que indicam que Portugal é um dos países da União Europeia onde as pessoas mais recorrem ao clínico geral quando têm problemas de saúde mentais ou emocionais.

"Sabe-se que um número muito significativo de pessoas que cometeram suicídio procurou, no ano anterior, o seu clínico geral", revelou à agência Lusa o psiquiatra.

Estes números sustentam, segundo Álvaro de Carvalho, a necessidade de "insistir muito na grande importância da formação dos profissionais de saúde, a nível dos cuidados primários, sobre as situações de risco de suicídio".

De acordo com o responsável pelo PNPS, em preparação, existem, em Portugal, 36 serviços locais de saúde mental em hospitais gerais, "que estabelecem a ponte com os cuidados primários", bem como entre 12 e 15 equipas, com funções idênticas, nos hospitais psiquiátricos.

"Mesmo assim, há um trabalho muito grande a fazer, no sentido de habilitar os profissionais dos cuidados primários para uma melhor capacidade de diagnóstico e terapêutica", acrescentou.

Álvaro de Carvalho vincou a "grande importância", em "situações de crise", nas quais os fatores de risco de suicídio, como a depressão e o consumo de álcool, têm tendência a agravar-se, do "desenvolvimento de cuidados de saúde de proximidade", aliado ao "reforço dos apoios sociais e de requalificação, a nível profissional, das pessoas que ficam desempregadas".

ALERT Life Sciences Computing, S.A.  - 12 Setembro 2012
http://www.alert-online.com/br/news/health-portal/prevencao-do-suicidio-devera-incidir-na-formacao-dos-profissionais-de-saude